sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Resenha de CD: Asylum, do Disturbed



Todos que me conhecem sabe que eu sou um cara meio saudosista. Gosto de coisas tradicionais. Mas, não me culpem... o tradicionalismo, em geral, nos reserva as melhores coisas, inclusive na música.

Não faz muito tempo que comecei a ouvir o Disturbed. Comecei com o álbum "Belive", depois, o que, na minha opinião, é o melhor álbum deles, o "Ten Thousand Fists". Mas, recentemente, uma grata surpresa me fez mudar alguns conceitos musicais - e até pessoais - com relação ao tradicionalismo.

O recém-lançado 5º álbum da banda, "Asylum", reinventou o 'new metal' e trouxe uma cara nova ao gênero, com riffs estilo Metallica e trabalhos de solo pouco comuns para esse tipo de música. Foi o quarto álbum em sequencia da banda que estreou no topo da Billboard 200. Apenas Metallica e Dave Matthews Band tinham conseguido tal feito.

Algumas faixas merecem destaque, como a faixa-tema "Asylum", que é introduzida pela faixa instrumental "Remnants". Um trabalho excepcional do vocalista David Draiman, que manteve deu o tom do álbum todo somente com poucos minutos dessa faixa excepcional, um vocal forte e enérgico, no melhor estilo Pantera.

"The Infection" e "Warrior" seguem um mesmo padrão, até que aparece a faixa "Another Day To Die". Uma música com várias quebras de rítmo e com solo bem limpo, um verdadeiro clássico da banda, podemos dizer assim.

Este álbum exigiu um trabalho de riffs bem complexo por parte do guitarrista Dan Donegan, em parceria com o baixista John Moyer, que compensou a "falta" da segunda guitarra com muita distorção em seu baixo. Como a velocidade não é uma característica tão marcante no Disturbed, o baterista Mike Wengren foi sutil e simples nesse álbum, mas, em músicas como "Another Way to Die", em que a mudança de rítimo é constante, seu trabalho e qualidade puderam ser notados.

"Never Again", "The Animal", "Crucified", "Serpentine" mantém o disco com uma boa pegada até que "My Child" faz o nível decair um pouco, a meu ver. Uma faixa desnecessária. Não é ruim, mas não precisaria estar aí. "Sacrifice" e "Innocence" são bons trabalhos, com certo peso e até um toque de melodia, mas deixaram o álbum com certo tom repetitivo. A meu ver, também não precisariam estar aí, mas, são boas músicas.

A "supresa", se é que podemos chamar um cover do Disturbed de surpresa, fica por conta de "I Still Haven't Found What I'm Looking For", do U2. Com todo respeito a Bono Vox, a música ficou bem melhor.

Pra quem gosta de metal clássico, "Aylum" é uma boa pedida. Pra quem é adepto do "New Metal", o disco também serve. O Disturbed mostrou-se uma banda muito mais madura com esse disco, o que comprova o seu crescimento dentro do cenário musical norte-americano. Pena que aqui no Brasil a banda não seja tão reconhecida. Todavia, fica o convite do blog para que os leitores possam disfrutar de um bom rock pesado com "Asylum".


FICHA TÉCNICA

Disturbed - "Asylum"
Gravadora: Reprise Records
Tempo: 52m52s

1. "Remnants" 2:43


2. "Asylum" 4:36

3. "The Infection" 4:08

4. "Warrior" 3:24

5. "Another Way to Die" 4:13

6. "Never Again" 3:33

7. "The Animal" 4:13

8. "Crucified" 4:36

9. "Serpentine" 4:09

10. "My Child" 3:17

11. "Sacrifice" 4:00

12. "Innocence" 4:31

13. "I Still Haven't Found What I'm Looking For" (Cover do U2) 5:26

 

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