segunda-feira, 12 de julho de 2010

Festa de despedida no Palestra gera emoção e preocupação

Vai dar saudade do Palestra. Na segunda “despedida”, o Palmeiras fez o favor de perder o jogo para o Boca Juniors. Mas acho que a derrota do time pouco importou naquele dia. Pelo menos para mim.

Tive a honra, o prazer e a sorte de encontrar o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo nos corredores do Palestra, pouco antes de subir em direção às cadeiras descobertas. Não se enganem... eu não sou abonado. Apenas não tive escolha.

Belluzzo é o tipo de presidente-torcedor. É o cara que deixa de lado sua reputação em prol do clube. É como dizem, “ele fez tudo certo, mas deu tudo errado. Muito educado, Belluzzo cumprimentava e tirava fotos com todos. Eu odeio tietagem, então, resolvi bater a foto apenas para ilustrar o momento e fiz algumas perguntas. “E ae, presidente? E o Ronaldinho?” Ele, muito educado, disse: “Isso não existe, rapaz.” E o Valdívia? “Estamos trabalhando. As conversas estão auspiciosas”.

O clima estava perfeito. O jogo dos ex-jogadores contra o time de masters foi muito divertido. Pude rever o melhor centro-avante que vi jogar, Evair, que foi autor de dois gols. Para os mais velhos, Ademir da Guia, Dudu, Alfredo Mostarda, Esquerdinha, entre outros, desfilaram no jardim suspenso como nos velhos tempos.

Antes do amistoso, um momento que me arrepiou e que me levou ás lágrimas. A homenagem ao goleiro Marcos, o jogador que mais atuou no Palestra Itália, foi extremamente merecida. Ele já fez de tudo pelo clube, sendo assim, nada mais justo ser homenageado. Ele agradeceu, sem perder o bom-humor. “Vou falar só um pouquinho porque eu tenho vergonha. Eu queria agradecer a todos vocês pelo apoio e paciência que tiveram comigo”, disse Marcos, logo após receber a placa de homenagem das mãos de Valdir Joaquim de Moraes, um dos mitos do gol alvi-verde.

Com relação ao jogo amistoso entre Palmeiras e Boca. O time argentino não estava pra brincadeira e foi, até certo ponto, violento. Contudo, mostrou bom toque de bola e um excelente vigor físico. Ganhou o jogo em dois lances casuais, mas, mereceu a vitória. Com relação ao Palmeiras, fico preocupado. O time é bom, no papel, mas precisa ser melhor treinado. Com a chegada de Felipão isso deve melhorar bastante, mas, creio que mais dois reforços são necessários: um meia e um atacante. O meia, claro, deve ser Valdívia, que já está praticamente acertado com o clube. Para o ataque, nomes como Taison e Diogo são ventilados, mas nada de concreto.



Para o torcedor de verdade, fica o registro de uma tarde-noite memorável. Vai dar saudade do Palestra, mas acho que a Arena vem para dar um novo status ao clube, que precisa, urgentemente, resgatar as glórias de campeão do século XX.

Mais uma vez, até breve, Palestra.

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