quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cavaleiros do Zodíaco: A Saga de Hades fez justiça

Já se passou mais de um ano desde o fim da Saga de Hades no Japão. Aqui no Brasil, os fãs fanáticos – como eu – só puderam assistir a trilogia através dos dvd’s lançados pela PlayArt Home Vídeo, como sempre, já que um desenho de vanguarda não tem mais espaço no cotidiano do brasileiro.

Por sorte, eu pude assistir a todos os episódios dos Cavaleiros do Zodíaco e sinto muito orgulho disso. Pude perceber cada peculiaridade de cada personagem e de cada saga, com suas filosofias intrincadas e mitos marcantes.

A Saga de Hades, diferentemente das outras sagas da série, trouxe à tona a importância de alguns cavaleiros, dentre eles, o que considero o mais injustiçado de todos: Ikki de Fênix.

O cavaleiro de bronze mais poderoso dentre os 12 que apareceram na série teve fundamental importância na saga derradeira. Sem ele, possivelmente a trama teria ficado difícil (se fossemos traze-la para uma “realidade”) ou, no mínimo, mentirosa, com Seiya salvando a pele de todos sem ter condições para isso.

Cavaleiros como Hyoga e Shiryu passaram despercebidos em alguns momentos e talvez só permaneceram vivos graças a Kanon de Gêmeos, irmão do falecido Saga, que fez a limpa no inferno, matando inúmeros espectros de Hades, dentre eles (com uma tática suicida), Radamanthys de Wyvern, um dos três juízes da morte.

Os cavaleiros de ouro que haviam sobrado das lutas no santuário pouco puderam fazer. Milo de Escorpião, Mu de Áries e Aiolia de Leão foram derrotados por Radamanthys ainda no castelo de Hades, na Terra. Claro, com uma ajudinha do deus da morte, que limitou os poderes dos cavaleiros dourados para que Radamanthys os pudesse derrotar. Neste caso, Milo ou Mu derrotariam o espectro, já Aiolia, uma das maiores mentiras dessa série, pouco poderia fazer, já que não passava de um cavaleiro resmungão e metido a valentão, que só soltava raios e luzes.

A cena mais comovente da saga – e talvez da série – foi o momento da quebra do Muro das Lamentações. Todos os cavaleiros de ouro da era moderna uniram suas forças para criar um poder comparável ao do Sol e abrir uma enorme fenda no muro, que separava o inferno dos campos Elíseos, lugar onde estava o verdadeiro corpo de Hades.

Após essa cena, presenciada pelos cavaleiros de bronze, houve comoção geral (inclusive minha e do meu irmão, que assistíamos ao episódio).

Nos campos Elíseos, os deuses Thanathos (da morte) e Hypnos (do sono) foram facilmente derrotados por Seiya e os outros, que adquiriram as armaduras sagradas das suas respectivas constelações. Como sempre, Ikki foi o último a receber, já que ele não foi banhado com o sangue de Athena como os outros. Mesmo desprotegido, ele enfrentou Hypnos em igualdade, mas acabou sofrendo. Quando estava prestes a ser morto, Shun o salvou, dizendo que era para ele seguir com Seiya rumo à ânfora que prendia Athena e que estava sendo guardada pelo espírito de Hades.

Por lá, víamos Seiya sem saber o que fazer. Com a chegada de Ikki, que ao pisar no sangue de Athena que escorria da ânfora, ganhara a sua armadura divina, a esperança se acendia. Ikki, muito hábil, percebeu que o corpo de hades estava em um mausoléu e decidiu tentar elimina-lo, já que o Grande Eclipse (tática de Hades para deixar a Terra sem luz para domina-la) estava quase no fim.

Sua tentativa foi frustrada e ambos os cavaleiros puderam conhecer o verdadeiro corpo de Hades. Mesmo com todas as suas forças, e com a chegada dos reforços, pouco puderam fazer. Hades era muito mais forte, e era questão de tempo para matá-los. Até que ele decidiu liquidar com a vida de Athena perante os olhos dos cavaleiros. No momento em que Hades partiria o vaso ao meio, Ikki jogou-se na frente e foi atingido em cheio. O golpe fez com que o vaso se abrisse e que Athena despertasse. De imediato, Seiya lançou a armadura sagrada de Athena para Saori. Hades viu-se encurralado e desferiu sua espada em direção a Saori. Seiya jogou-se na frente e fora atingido. Seus companheiros perceberam que Seiya já estava praticamente sem vida e decidiram partir pra cima do deus, saindo de suas proteções feitas pelo poder de Athena. A combinação dos golpes mais o cetro de Athena aniquilaram Hades, pondo fim a uma saga que durou 31 episódios.

Ainda não sabemos se Seiya foi, de fato, morto. No manga, que conta com um roteiro um pouco diferente do da TV, o cavaleiro de Pégaso fica paraplégico. Isso vai ficar no ar. Mas não tenho dúvida de que nessa saga, o principal personagem foi a justiça, e, principalmente, na figura de Ikki.

Espero que a Saga "Lost Canvas", que conta a primeira Guerra Sagrada, seja bem conduzida à glória, como foram as sagas anteriores.

2 comentários:

Helder. disse...

Não acho que o Ikki seja tão injustiçado. É que ele faz o estereótipo do "bad boy" entre os 5 cavaleiros de bronze.

Lost Canvas é até legalzinho, mas os cavaleiros de ouro daquela época por exemplo, são praticamente iguais aos de agora (salvo Shion e Dohko, e o fato de Shion ter sido o mestre do Mu). Desde os golpes até as aparencias. Creio que seja um sinal de falta de criaividade / inspiração, tendo colocado em CdZ tudo que fosse possivel.

A unica coisa que me faria ter a mesma expectativa de antes por CdZ seria uma quase impossivel continuação do Prólogo do Céu, filme exibido em 2006. E olhe lá porque não foi lá grande coisa também..

sary disse...

o Ikki e o Kanon foram mesmo o nome da fase do inferno, o kanon tinha lutado com o Saga no santuario, o Miro tinha quase matado ele e ele ainda teve força pra matar metade dos espectros e dos guardioes.
o Shyriu e Hyoga nao serviram pra nada mesmo, em poseidon eles levavam flechadas e tavam otimos e ali eram acertados por um remo e quase morreram, quem escreveu isso tava meio maluco.
eu nao entendi uma coisa Mu e shaka nao tinham teletransporte?nao davam pra se transportar pro outro lado do muro?
o Ikki sempre serve pra mandar otimas frases pra liçao de moral