quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Deputados do PSDB consideram insustentável situação do ministro do Esporte e cobram apuração



O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), voltou a defender o afastamento do ministro do Esporte, Orlando Silva, durante audiência sobre a Lei Geral da Copa nesta terça-feira (25). O chefe da pasta afirmou aos parlamentares que não responderia perguntas sobre as denúncias de desvio de dinheiro em projetos do órgão.

O deputado classificou como deplorável a presença de Silva na comissão. “Ele não deveria estar sentado nesta cadeira como ministro. Se ele tivesse de fato um sentimento de profunda cidadania e respeito ao seu país, deixaria o cargo enquanto as apurações ocorrem, e, nada sendo provado, voltaria”, declarou o líder.

Nogueira destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra o comunista. “Ele deixou de ser suspeito para ser investigado.  O ministro não reúne as condições mínimas necessárias para estar à frente do Ministério, gerenciar a Copa, as Olimpíadas ou sequer o programa Segundo Tempo, eivado de irregularidades”, criticou da tribuna.


Para o líder, existem evidências que comprovam a participação do ministro no esquema. “As suspeições deixaram de ser somente em cima das pessoas ligadas a ele, e agora já há a impressão digital do próprio ministro. Ele assinou a redução da contrapartida de 22% para 6% de um convênio com a mesma pessoa que ele chamou de bandido, o PM João Dias”, afirmou.


Na avaliação do deputado, “em nenhum momento Silva apresentou respostas factíveis às acusações que pairam sobre a sua pessoa e os condutores do Ministério do Esporte”. O deputado questionou o ministro sobre os convênios assinados com a ONG do policial João Dias Ferreira, delator do esquema. No entanto, Silva ignorou as perguntas da oposição e começou a falar sobre a Copa.

O líder detalhou o modus operandi do órgão. “O programa Segundo Tempo é implantado, são escolhidas empresas que ficaram autorizadas a prestar serviços aos convênios, um interlocutor do PCdoB ou do ministério apresenta o pedido de propina de 10% e em seguida o convênio é executado. Quem não cumpre com o atendimento é tido como irregular na pasta”, afirmou.

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