sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Libertadores e debate agitaram a quinta-feira paulistana
A quinta-feira foi agitada na cidade se São Paulo. Dois grandiosos eventos aqueceram a gélida capital bandeirante e nos proporcionaram alguns momentos de emoção e expectativa.
O bairro do Morumbi, especificamente, foi o centro das atenções por ontem. Na sede do Grupo Bandeirantes, o debate dos candidatos à Presidência da República. No estádio Cícero Pompeu de Toledo, o jogo decisivo entre São Paulo e Internacional valendo não só uma vaga na final da Taça Libertadores, mas também, uma vaga no Mundial Interclubes, que vai ser disputado em Abu Dhabi.
O controle remoto foi o meu maior aliado ontem à noite. Assisti a boa parte do primeiro tempo do jogo, mas, pude pegar o segundo, o terceiro e o quarto blocos do debate na Band, com rápidas piscadas no jogo, entre os intervalos longos.
O São Paulo tem camisa e tradição na Libertadores. E só. O time não é vibrante e não apresenta a boa técnica de outrora. Já o Inter, muito bem arrumado por Celso Roth, trabalhou bem durante os 93 minutos e ofereceu certo perigo ao tricolor, bem diferente da postura dos paulistanos no jogo em Porto Alegre. Não deu outra: Internacional classificado.
Já o debate não proporcionou nenhuma surpresa a meu ver. Plínio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL, fez o que dele era esperado, porém, com ressalvas. Enquanto ele não mudar sua imagem de radical extremista, não vai ganhar nada, a não ser os debates. Foi o melhor na noite de ontem, mas, vive num mundo que não existe.
José Serra, candidato do PSDB, foi muito bem, mas forçou demais a vontade de ser simpático. Sorriu, brincou com Plínio e foi elegante ao responder aos ataques contra o Governo FHC, no qual fez parte como Ministro da Saúde.
Saúde, aliás, que foi o tema mais batido por Serra. Com razão, mas, com certo exagero. Plínio o chamou de hipocondríaco em rede nacional, em tom de brincadeira, claro.
A candidata Marina Silva, do PV, estava mais firme. E só. Foi engolida por Plínio diversas vezes e quando questionada pelos jornalistas, não soube o que falar. Foi fraca, a meu ver, mas apresentou melhoras.
Já Dilma Rousseff, do PT/Lula, sentiu a pressão. Até o terceiro bloco, estava uma pilha de nervos. Serra foi ‘bonzinho’ com ela e só bateu na saúde. Os jornalistas foram além, e a questionaram sobre os altíssimos impostos e juros que pagamos. Marina foi uma boa ex-colega de partido. E Plínio, surpreendentemente, citou períodos do Governo Lula que foram inferiores ao de FHC, como a questão da Reforma Agrária e da saúde.
O debate foi morno, mas não vai provocar grandes abalos por enquanto. O eleitorado de Dilma não assiste aos debates e pouco sabe do que as pessoas ali presentes estão falando.
Ficou claro que Dilma não está preparada para os debates, e por isso fugiu de muitos encontros na imprensa e em empresas. E, parte da estratégia de contar com a imagem do Presidente Lula foi por água abaixo com o debate. Ela vai ter que se virar.
Serra foi regular, mas tem que melhorar muito se quiser os votos dos indecisos, que seriam suficientes para ganhar a eleição, já que, para mim, ficou claro que os 8%, 9% de Marina irão para Serra, juntamente com o apoio da candidata do PV.
Plínio, repito, não vai a lugar algum sendo comunista. Acho bom ele acordar, no alto dos seus 80 anos de idade.
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