Relembrando a crise de 1929, com o crash da bolsa de Nova Iorque, o mundo encontra-se em estado de alerta. O que esperar? Uma recessão geral? Ou uma recessão única e exclusiva dos americanos?
Graças a burrada (pra não dizer outra coisa) do governo Bush, o mundo todo pode jogar anos de crescimento no lixo – junto com os votos da flórida, né, Bush?. A crise de crédito imobiliário reflete o mau planejamento econômico que se instalou nos últimos 8 anos, desde a queda das torres gêmeas, em 2001. Imaginava-se que os Estados Unidos tivessem poder de reação suficiente, mas, estávamos errados. Hoje, um fenômeno raro acontece no país do Tio Sam, berço do capitalismo, onde todos são independentes do Estado. Ah, é, o fenômeno... o Estado tornou-se credor.
Quando o Federal Reserve (Banco Central Americano) teve que colocar a mão no bolso, o povo americano colocou a mão na cabeça e refletiu: “We’re crash”.
No Brasil, graças às eleições, o assunto está passando batido. Exemplo maior é em São Paulo, onde os marqueteiros fizeram a eleição. Quando questionados, Marta e Kassab, aparentemente, estavam despreocupados. Marta, porque tem que depositar confiança no presidente Lula, já Kassab, por ter um orçamento de R$ 29 bilhões para 2009 e uma política de gastos públicos muito bem controlada. Ressalva: demonstrando serenidade e um pouco de receio, após ser reeleito, Kassab diz que poderá haver corte de gastos caso o Governo Federal não segure a crise, porém, os cortes não seriam na base social: Saúde; Educação; Transporte e Habitação.
Já pensando em 2010, a apreensão toma conta do Governo e da oposição. Se a crise se instalar e houver recessão, o candidato à sucessão de Lula estará em maus lençóis. Afinal, é o primeiro grande teste do governo... um governo que teve todas as facilidades que a boa economia mundial havia lhe imposto, mas, pensando bem, não tão bem aproveitadas.
Já a base da social-democracia está atenta. Apesar de não saber qual será o seu candidato, os tucanos e os democratas sabem que a crise econômica pode decidir as eleições em 2010. Uma boa chance para José Serra, ou até mesmo, Aécio Neves, assumirem a cadeira máxima do executivo brasileiro.
Só nos resta esperar. Em 1929, o café foi sacrificado... o que pode ser desta vez?
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